QUEM SABE, FAZ


Sumário

Sobre o Autor - 7
Agradecimentos - 10
Prefácio do Autor - 12

Empreendedor ao longo dos séculos XVIII, XIX, XX até os dias atuais.
1 A mão invisível de Adam Smith - 18
2 A gestão de portfólio de Jean B. Say  - 20
3 Peculiar e raro por natureza. Schumpeter - 23
4 Extraordinário esforço para o sucesso. Schermerhorn - 30
5 Rerum novarum cupides. Drucker - 33
6 Produto singular. Porter - 34
7 Inovação de qualquer espécie. Pinchot. - 35
8 Versatilidade e flexibilidade. Horton e Reid - 36
9 Sentido de missão a cumprir. Farrel - 39
10 Características atuais de empreendedor - 42

Paradigmas de Administração
11 Administração por objetivos - 70
12 Administração estratégica - 71
13 Administração japonesa - 72
14 Administração virtual - 75
15 Reengenharia - 76
16 Downsizing - 78
17 Organizando a empresa num sistema de gestão baseado na qualidade - 79
  
Exemplos de grandes empreendedores brasileiros
18 Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá - 98
19 Francisco de Assis Chateuabriand Bandeira de Mello. Chatô
- 104
20 João Alves de Lima. Seu João - 116
21 PETROBRAS: uma empresa de brasileiros e brasileiras - 119

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 138



 

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Prefácio do Autor
“É preciso ter a astúcia da raposa e a força do leão” Maquiavel.

QUEM SABE, FAZ apresenta as visões de pessoas que fizeram história desde o século XVIII até os dias atuais. Como em nossa vida buscamos atender nossas necessidades de comer, beber, vestir e morar, decidi começar com o sr. Adam Smith, filósofo que no século XVIII escreveu o fantástico livro A Riqueza das Nações, em 1776, razão pela qual foi reconhecido como o pai da ciência econômica. Pensador excepcional, afirmou “cada indivíduo esforça-se por aplicar o seu capital de modo que a sua produção tenha o máximo valor.” O individualismo era o tom no mundo dos negócios da sua época. Era cada um por si. Adam Smith foi muito influenciado pela agropecuária, pois a indústria ainda era incipiente para ele. Décadas depois, foi publicado o livro Tratado de Economia Política por Jean B. Say , quando ele aborda os primeiros conceitos do que hoje chamamos de gestão de portfólio, gestão de carteiras de projetos. Para Say, o homem de negócio da virada do século XVIII para o século XIX buscava "transferir recursos econômicos de uma área de baixa produtividade para uma área onde ela é maior e ofereça uma maior rentabilidade".
(...)
Por sorte ou destino do Brasil, tivemos um homem de negócio que desde a tenra idade adquiriu conhecimentos teóricos, quando aplicou suas habilidades de empreendedor na medida em que trabalhava. Um menino pobre que foi entregue ainda criança ao tio para ser criado. Esse menino se tornou o famoso Mauá, que de engraxate passou a Barão. Durante o trabalho, Mauá adquiria livros com o dinheiro que conseguia juntar. Ele leu Adam Smith e Jean B. Say. Coincidência? Certo dos seus valores e depois de muito trabalho, Mauá se tornou sócio da Carruters e Cia aos 22 anos de idade, em 1836. Daí em diante, construiu grandes empresas navais, ferrovias, bancos no Brasil e no exterior. Em 27 de abril de 1852 Mauá obteve a concessão pública para a construção da primeira estrada de ferro no Brasil. Tão arrojado era o empreendimento, que a partir de então, Mauá começou a ser visto como "(...) indivíduo perigoso, com mania de grandezas...". Muito à frente de seu tempo, sem sombra de dúvida, Mauá, brasileiro, foi um dos maiores empreendedores que o Brasil já conheceu.
(...)
Em seguida apresentamos paradigmas de administração importantes para o empreendedor nos dias atuais.
A Administração por objetivos, explicada por Drucker, se adaptaria às mudanças ambientais, impactando a definição dos objetivos, tendo foco na criação de oportunidades a partir do contato com os consumidores, o desenvolvimento pessoal dos empregados da empresa, a descentralização administrativa com menos níveis hierárquicos, a multiplicidade de objetivos e o autocontrole com avaliação de todos por todos da organização. (...) No que concerne à mudança do ambiente organizacional e às relações e interações entre os indivíduos, apresentamos uma proposta para organizar as empresas por meio da implantação de um sistema de gestão com base na qualidade.
Após apresentar as visões sobre o empreendedor ao longo da história, com a evolução dos paradigmas de administração, trazemos com orgulho exemplos de três grandes empreendedores brasileiros que fizeram história no século XIX, na primeira metade do século XX, e a partir da segunda metade deste século até os dias atuais, respectivamente, Barão de Mauá, “indivíduo perigoso, com mania de grandezas”, Francisco de Assis Chateaubriand, “o destino desse moço aqui no Rio é o Poder”, e João Alves de Lima, “um nordestino disposto a levar progresso à sua terra natal”. Por fim, conto a história da PETROBRAS.


Agradecimentos
“Devemos fazer o que é certo e bom” John Rawls.


Ao CNPq por ter concedido bolsa de iniciação científica a partir da qual boa parte deste tem origem e ao orientador professor Lamounier E. Villela. Aos alunos da Universidade Estácio de Sá que consultaram minha monografia sendo estímulo para a sua transformação em livro. À Universidade Estácio de Sá por ter me concedido bolsa de estudos, por mérito, importante para a condução e conclusão da graduação em ciências econômicas, bem como ao professor Isaac Benjó pela orientação acadêmica e oportunidades na Universidade. À professora orientadora Sandra Mariano do IBMEC Business School pela orientação da monografia da pós-graduação em Finanças, onde conheci a história de Assis Chateaubriand, um dos esteios fundamentais deste livro. Ao orientador professor Luiz Fernando Magalhães Couto da monografia em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde abordei a PETROBRAS e a indústria de petróleo no Brasil. Aos meus colegas de trabalhos e alunos do curso de gestão de parcerias de E&P que me permitem trocar conhecimentos e com eles aprender.
Aos meus muitos familiares que vivem no nosso Brasil que muitos exemplos me dão de persistência, trabalho, gratidão, respeito, amizade e realização.
A Tatiana L. de Freitas por ter me apresentado as inteligências de Gardner nos seus textos pedagógicos enquanto professora do município do Rio de Janeiro.
A Celina Maria de Freitas Carvalho pelo exemplo dado em seu livro de poesias Trilhando o Incógnito.
A você leitor pela confiança.
Abençoados sejamos.

Empreendedor ao longo dos séculos XVIII, XIX, XX até os dias atuais.

Faça a sua parte que o ajudarei. Jesus


Schumpeter

"(...) É, portanto, necessário uma força de vontade nova e de outra espécie para arrancar, dentre o trabalho e a lida com as ocupações diárias, oportunidade e tempo para conceber e elaborar a combinação nova e resolver olhá-la como uma possibilidade real e não meramente como um sonho. Essa liberdade mental pressupõe um grande excedente de força sobre a demanda cotidiana e é algo peculiar e raro por natureza...
(...)
O ganho pecuniário é realmente uma expressão muito acurada de sucesso, especialmente de sucesso relativo, e , do ponto de vista do homem que luta por ele, tem a vantagem adicional de ser um fator objetivo e em grande parte independente da opinião dos outros(..)”

10. Características atuais de empreendedor

Negociabilidade
Além de negociador, o empreendedor precisa administrar conflitos tão frequentes no dia-a-dia da empresa. Para tanto, um dos métodos de administração de conflitos conhecidos é método Thomas Killman, com cinco estilos indicados a depender da situação. O importante é atingir a meta. Para tanto, o empreendedor pode competir, conciliar, cooperar, conceder ou evitar o conflito. Dentro da empresa, o estilo, geralmente, mais adequado é o da cooperação.

Sugiro ao leitor que procure saber mais sobre este método, principalmente, para perceber que evitar não é sinal de fraqueza, mas um método racional de atingir metas.

Considerando a perenidade da empresa, numa visão de jogos infinitos, conceito de teoria de jogos, a cooperação tende a gerar resultados melhores para todos a longo prazo.


Paradigmas de Administração

“Se p, então q” Aristóteles

Organizando as empresas num Sistema de Gestão Baseado na qualidade.

Uma visão de Sistema de Gestão.

(...) A empresa que é organizada conforme orientação das práticas de gestão de qualidade, de processos e de projetos, está preparada para o ambiente de negócios atual.
As Políticas da empresa são estruturadas na forma de cadeia de valor a qual será desdobrada nos macroprocessos, processos, subprocessos, atividades e tarefas de execução.
(...)
As empresas podem ser gerenciadas por processos conforme definido na sua CADEIA DE VALOR.
Nela há ‘processos de gestão’: tais como planejamento e gestão, avaliação de desempenho, gestão contábil, financeira e tributária, qualidade, segurança, meio ambiente e saúde; ‘processos de negócio’ que vão depender do negócio de cada empresa. Numa empresa de mineração teremos explorar, desenvolver, produzir, transportar, dentre outros. Numa padaria teremos produção e venda de pães, etc. Numa confecção podemos ter a confecção e comercialização de roupas.

Os processos de suporte apoiam a execução dos processos de negócio. Podem ser processos de tecnologia da informação ou logísticas de entrega dos produtos do processo de negócios.

Gerenciamento de projetos

As Ações serão implementadas por meio da implantação de projetos. Neste momento, lembro a necessidade de a empresa estruturar uma área de projetos que levará a criação da uma área para gerenciar a carteira de projetos, a gestão de portfólio tal como definido por Say em 1808.
(...)
Gerenciamento pelas Diretrizes

Segundo Falconi, os Objetivos da empresa podem ser desdobrados nas metas que serão atingidas por meio de gestão de melhorias e de inovações em processos, modelo de negócio ou de produtos.

Para tanto, ele sugere a elaboração de Planos de Ação com base no método PDCA: planejar, (do em inglês), executar, controlar e agir. Para elaborar seu plano de ação, sugiro que use o conhecido método 5W1H. O que, por que, como, onde, quando e quem, das siglas em inglês what, why, how, where, when e who. (...)"